(I)
Quando repouso meu olhar sobre seu ser
perco-me no horizonte infinito de seus belos traços.
Despeço-me de mim mesmo.
A consciência transpõe-se para o terreno dos sonhos, onde só haveríamos eu e você num oceano de maravilhas.
Lá não existiria tédio nem televisão nem hora de dormir.
Nos comunicaríamos sem sons ou intervalos, sendo um o complemento do outro.
Viveríamos o amor inesgotável de duas almas que se encontram depois de uma longa ausência, desejosas que o tempo se torne a eternidade.